folhas da minha história

22 maio, 2013

start over


Este mundo é muito difícil. Devia haver um outro mundo, onde pudesse recomeçar do zero. Mudar de vida, de nome, de história, de amigos, de cidade. Mudar. Porque neste é como que se cada passo ficasse marcado em nós para o resto da vida. Julgando-nos a cada novo passo. Ninguém se esquece neste mundo. Por isso é que devia haver outro. Onde o passado não nos perseguisse nem nos consumisse como fogo vivo. Estou farta deste mundo. Farta das pessoas deste mundo e do que fiz neste mundo. Quero ser outra pessoa. Sabes o quão difícil é ser outra pessoa neste mundo? Tens que mudar cada pedacinho da tua vida para ser outra pessoa. Porque cada conversa, cada viagem, cada dia faz de ti a pessoa que és, como um conjunto infinito de combinações que resultam em ti e no que és. Imagina o quão difícil seria mudar de pessoa.... Devia haver outro mundo.

20 maio, 2013

alone with the stars

caramba! como é difícil estar sozinha. principalmente nos momentos em que estás prestes a dar uma volta de 180 graus à tua vida e não tens ninguém para ouvir as tuas inseguranças, os teus medos, as tuas expectativas. dói. onde estão os teus amigos nestes momentos? demasiado preocupados com as suas vidas, sem tempo para desperdiçar com conversas aborrecidas sobre um futuro a que eles não dão importância. não ligues. não é por mal que fazem isso, fazem-no porque não sabem o quão importante é para ti. se eles soubessem, eles estariam lá. dizem que com 30 anos já só teremos dois ou três verdadeiros amigos, daqueles que sim, vão perdurar. e mesmo esses te deixarão sozinha em algum momento. mas caramba, dói não é? mas bem, o que não te mata só te torna mais forte. aprende que no fundo, estarás sempre sozinho.


13 maio, 2013

"stay strong"


manter esse sorriso incrível na cara, estar lá sempre que precisam de ti mesmo quando tens que fingir aquilo que não sentes e largar aquilo que mais queres agarrar. é duro não é? ver alguém que gostas ser feliz com outras pessoas, deixando-te para trás. oxalá soubesse essa pessoa que foste obrigada a afastar-te, oxalá soubesse que mesmo tendo sido a pior coisa que alguma vez tives-te que fazer, fizeste-o por ela, e só por ela. não é justo, podias pelo menos guardar algum rancor não é? se pelo menos conseguisses. sabe deus se fosses outra pessoa terias tido a coragem de o fazer, o que é certo, é que o fizes-te, e continuas com esse sorriso incrível, esse brilho intenso e essa pessoa forte sentro de ti. 
- e dói de forma única, corrói por dentro, torce a garganta com um duplo nó, essa vontade que eu sinto de gritar e chorar sempre que me dizem para "ser forte". 

16 fevereiro, 2012

fuc*ing idiot


e gostava que não fosse a tua cara o meu primeiro pensamento quando acordo, gostava que não fosses tu a provocar uma arritmia anormal no meu frágil coração a abarrotar de amor, gostava que não fosse o teu nome que me custa pronunciar, gostava que não me afectasses, gostava de não te conhecer, gostava que não fosses tu o único com quem o meu ingénuo coração parece ter este tipo de comportamento, em que me desobedece, em que me sabota, em que me magoa, em que me humilha. 
sabem? o amor não é bonito, pelo menos - nem sempre. o amor é frio. é frio e aleija, como pisar estilhaços de vidro com o pés gelados. ter esperança é como balançar, um balanço é um balanço, é querer avançar mas não sair do sitio. ter esperança é para os fracos. é para aqueles que preferem acreditar em vez de lutar, ou abraçar a derradeira verdade. eu não tenho esperança em relação a ti. estou farta de ter esperança. 

28 janeiro, 2012

forever and always

sabes que mais? odeio que os sentimentos não se consigam expressar em palavras. se isso acontecesse, eu passava o dia a telefonar para ti, só para te mostrar que és tudo para mim. se eu conseguisse, dizia-te o quão segura me sinto nos teus braços ou o quão frágil me sinto quando não estás perto de mim. se eu pudesse, mostrava-te aquela enormidão de emoção que sinto quando me dizes que me amas, se pelo menos conseguisse descrever esse sentimento. nem que fosse por desenhos, se eu conseguisse desenhar o que sinto por ti não chegavam todas as árvores do mundo em papel. se eu conseguisse pintar a felicidade que emano do meu coraçãozinho quando te ris teria que pintar o planeta inteiro, e não me iria cansar se o tivesse que fazer, porque estarias comigo, pintarias comigo. 

02 janeiro, 2012

not like the other


podia ouvir pop em vez the hard rock, podia vestir tops justinhos em vez de camisolas XXL de bandas heavy metal, podia acordar mais cedo todos os dias para arranjar devidamente o cabelo em vez de ficar a dormir, podia preferir atletas altos, morenos e com definidos músculos em vez de skaters com calças skinny e alargadores, podia ter mil e um amigos em vez da meia dúzia de oprimidos alvo de gozo nos intervalos de almoço, podia tocar piano em vez de guitarra eléctrica, podia pintar as unhas em vez de as roer, podia ser cuidadosa em vez de desleixada, popular em vez de discreta, normal em vez de anormal. qual seria a piada? qual é o objectivo de ter falsos amigos, vidas falsas, ser seguidora da rainha da escola, filha de pais ricos que se esquecem que têm filhos, que piada teria não arriscar, não experimentar coisas novas? eu não sou normal, sou especial. 

01 janeiro, 2012

past CONTINUOS


prometo. prometo amar-te até ao meu último suspiro, até esgotar todas as minhas energias, até o meu coração estar tão magoado por te amar que já não tenha cura, até que amar-te se torne impossível a todos os níveis, até eu não poder mais, prometo amar-te. porque és mesmo o meu mundo, e se há coisa que faz a vida valer a pena és tu, e eu, e o nosso pequeno mas gigante mundo. ás vezes nem sei como hei-de interpretar o que eu própria sinto quando estou contigo, porque é tão bom, tão perfeito que se torna difícil de acreditar, mas nunca deixa de ser claro: amo-te. tão simples quanto isso, amo-te mesmo, nunca duvides. porque eu iria até ao fim do mundo contigo, por ti, e se isso te fizesse feliz. eu daria tudo por ti, sem pensar duas vezes, és - sem dúvida - a minha prioridade, porque me fazer tão feliz que sinto que te devo tudo o que tenho, tudo o que sou. o que nós temos, meu amor, não é só isto, é tão mais do que se pode ver e ouvir, o que nós temos só pessoas que amam tão intensamente outra como nós percebe. contigo não há arrependimentos, não há tempo perdido, contigo não há uma ínfima parte de mim que não te deseja tão arduamente que o meu coração parece deixar de bater quando nos despedimos. contigo eu sou eu e esse "eu" é a pessoa que amas e darias a vida por, e isso, é o melhor que alguma vez me deste e alguém alguma vez me dará. amo-te por isso, tão somente por isso. e amo-te mesmo!

16 dezembro, 2011

decisions

tomar grandes decisões não é difícil, não é confuso e muito menos doloroso. nós é que complicamos. se as pessoas realmente soubessem o que querem (e esse é o grande entrave) tomar decisões seria a coisa mais fácil do mundo, e não me venham com tretas do "não é bem assim", é assim - e é bastante simples: se é isso que queres AGARRA-O, e voltar atrás é uma idiotice, porque não andámos aqui a brincar ás escondidas. não sei de quê que temos mais medo: de nos arrepender-mos ou do que as pessoas poderiam pensar. (inclino-me mais (bastante mais) para a segundo opção porque há muito tempo que me apercebi que honestidade e sabedoria não é o forte da sociedade). mas sabes que mais? estou farta, cansei, ninguém tem o direito de gozar com a nossa cara, tomar decisões e voltar atrás, "supor", fazer com que duvidemos de nós mesmo porque a insegurança é um sentimento terrível. usar as pessoas deveria ser crime e mais não digo.

12 setembro, 2011

to tell u how much i love you

já roí as 10 unhas que tenho nas mãos, e cometi mil e uma tentativas para começar uma frase que faça algum sentido num mundo para além do meu, uma frase que, simplesmente, te transmita o que sinto. não sei por onde começar, apesar de saber perfeitamente o que te quero dizer. talvez por ter medo - aliás, "talvez" não, é mesmo por ter medo,o único sentimento que toda a gente conhece escrupulosamente bem, aquele que nos faz ter certeza que amamos alguém - quando temos medo de a perder.
já mencionei a importância que tens para mim, já te disse que te amo, já te disse que iria contigo onde quer que fosses, sob qualquer tipo de circunstâncias? sabes para mim és perfeito? morro para que me pertenças, para poder gritar ao mundo que és meu, para poder dizer-te que te amo tanto, e tanto, e tanto, que era capaz de o gritar a 10 mil decibéis naquele preciso momento? sabes que me perco no tempo só quando penso em ti? és o único que quero, o único por que estou disposta a correr o risco, o único que me faz pensar que vale a pena, o único a quem darei o meu coração... e quando dizem o teu nome, meu deus, quando dizem o teu nome, é como se o tempo parasse, como se todos os meus pensamentos fossem substituídos por imagens tuas, como uma obcessão...
acredita, ninguém é perfeito, esquece o teu passado e deixa-me ser tua, deixa-me amar-te...
e se não sentires o mesmo que eu, não me deixes desistir agora, porque era uma queda muito grande mesmo, e eu preciso de alguma coisa que me sustente, enquanto a dor não atenuar... 

só estou pronta para te dizer que te amo, não para fazer de ti passado...

07 setembro, 2011

from you

era a tua amizade que me sustentava, a tua força, o teu carinho por mim, sabes disso - não sabes? era eu e tu e tu e eu, conhecias-me melhor que eu mesma, eu confiava a minha vida em ti, sem hesitar, sem estremecer... todas as amizades têm falhas, mas a nossa era tão perfeita: simples, honesta, sem preconceitos, sem desconfianças. conseguíamos equilibrar-nos um ao outro mas éramos independentes. a nossa amizade não tinha intervalos, não oscilava, talvez pela sua simplicidade, ou quem sabe, pela sua intensidade... mas a verdade é que passei metade da minha vida contigo, e metade do que sou és tu. não destruas isso, luta por nós!
amo-te, amo o que somos, amo o tempo que passo contigo, amo a nossa amizade, és muito importante para mim

18 agosto, 2011

just remember me once more

não te lembras? não te lembras da razão pela qual me amavas? não te lembras do que éramos antes? antes de eu ter desistido de nós sem pensar duas vezes. lembra-te por favor, só mais uma vez. para eu poder recuperar o que era contigo, a pessoa em que me tornas-te, a paz que me deste, para te recuperar a ti. quero ver-te de novo, e pensar que és meu, só meu, tão meu... daria tudo por ti, e daria de novo, sem remorsos. sei que sou insensível, mesquinha e com mau-feitio, mas meu amor, amo-te tanto e tanto e tanto, e sei que também me amas-te, por alguma razão, havia alguma coisa em mim que te fazia sorrir assim que me vias, qualquer coisa que te fazia hesitar antes de falares para mim, alguma coisa que te fazia delirar quando eu te dizia que era o homem da minha vida. sei que te dizei sem rumo, sem pedidos de desculpa, mas estava tão perdida, tão rodeada de perguntas dificies. mas meu amor, lembra-te só mais um vez de quem sou para ti, do que fui...

és a única pessoa que sei que nunca serei capaz de dizer adeus definitivamente

01 agosto, 2011

believe

se acreditas, luta. com convicção, com certeza. se é teu, protege, não com controlo, com cuidado. porque quando é o coração a falar mais alto pensar duas vezes é como cair duas vezes no mesmo erro. se tens razão, berra. exprime-te. não te escondas, és grande e toda a gente te vê. eu nunca me arrependi de o fazer... faz-te dono(a) de ti mesmo(a), ultrapassa os teus limites, pensa alto, acredita nos teus sonhos, cria a esperança quando ela desaparece, confia em ti, não sintas remorsos pelo que algum dia te orgulhas-te de fazer/dizer. reconhece os teus erros de cabeça levantada, assume compromissos e não fugas aos conflitos. não oiças os outros se eles nunca te ouvirão a ti. descontrola-te. 
mas só se acreditares é que resulta

05 julho, 2011

for u

a ti que sabes o que é viver só, a ti que sabes o que é ter o coração partido, a ti que já te fizeram sofrer, a ti que já deste uma 2ª oportunidade em vão, a ti que já te arrependes-te, a ti que já sentis-te o teu coração vazio, a ti que já passas-te dias seguidos a chorar, a ti que já magoas-te alguém, a ti que sentes que não tens lugar no mundo, a ti que já sentis-te saudade, a ti que já te sentis-te inseguro(a), a ti que te arrependes-te de ter esquecido determinados momentos, a ti que já choras-te sem saber porquê, a ti que já sentis-te a tua vida virada do avesso, a ti que já sonhas-te alto de mais, a ti que já te desiludis-te, a ti - não estás sozinho(a).

29 junho, 2011

i said I LOVE U

e o dia chega, chega sempre, acontece com toda a gente. uns resistem, outros lutam contra isso, alguns conformam-se, outros tiram proveito disso. mas o dia chega sempre, a sensação acaba por fazer-se sentir, os arrepios correm pelo nosso corpo a fora, o coração acelera o ritmo, o tempo passa mais devagar e as borboletas na barriga tornam-se reais.
não é que eu estivesse à espera que o meu dia chegasse, provavelmente nunca teria pensado no assunto, e quando chegou a minha vida não ficou do avesso nem as minhas emoções se tornaram confusas, bem pelo contrário tornou-se tudo muito nítido. eu estava apaixonada. perdida e desesperadamente apaixonada. daquelas paixões que não nos deixam pensar duas vezes e que nos fazem acreditar que somos capazes do impossível. era olha para ti e sentir o meu coração apertadinho, desejoso por pôr os meus braços á volta do teu pescoço, era falar contigo e ter a certeza que eras tu o príncipe da minha vida, era amor. e também era olhar para ti e saber que olhavas da mesma maneira para outra pessoa, falar contigo e saber sentias o mesmo que eu em relação a outra pessoa. quando te disse que te amava, fechei os olhos, virei-te as costas e segui o meu caminho, porque mesmo sem te ter dado a oportunidade de falar, eu sabia do mais fundo de mim, que nunca seria um sentimento mútuo. não fugi de ti, tornei as coisas mais fáceis...

15 junho, 2011

"the love"

quero amor, quero amar, quero ser amada. quero viver o amor. quero sentir o amor. quero conhecer o amor. quero ter o amor. quero algúem que conheça todas as definições de mim. que saiba o significado do meu nome em grego. alguém que me desafie todos os dias a ser mais digna do que tenho. alguém que me ensine. alguém que se esforce por mim. alguém que preencha todos os bocadinhos vazios da minha vida. alguém determinado. quero que faça de "nós um só". alguém que me chame princesa. alguém que compreenda aquilo que sou. que me relembre todos os dias que o amor existe. alguém que ache a minha mãe encantadora. quero alguém que ace os meus olhos os mais brilhantes do mundo. quero alguém alegre. alguém que nunca tenha dúvidas de mim. não quero aquele que pensa em mim todos os dias quando acorda, quero alguém que se lembre de mim sempre que alguém lhe fale de amor.
quero alguém que me conheça melhor que ninguém e que, mesmo assim me ame mais do que todos os outros.

01 junho, 2011

Kate, 2010



“Deveria haver um estatuto de limitação da dor. Um manual que diga que não há problema em acordar a chorar, (…) Que não haverá nenhuma multa se tivermos a necessidade de arrumar a sua secretária; de tirar os seus desenhos do frigorífico; voltar uma fotografia tirada na escola quando passamos – apenas porque nos fere de novo só por vê-la.
(…)
Durante muito tempo, o meu pai afirmava ter visto a Anna no céu nocturno. Ele insistia que as estrelas eram pessoas tão bem amadas que eram dispostas em constelações  (…). A minha mãe acreditou, durante muito tempo que a Anna voltaria para junto dela. (…) Eu? Eu comecei a odiar-me a mim própria.
(…)
A dor é uma coisa curiosa, quando acontece inesperadamente. É um penso rápido a ser arrancado, levando a única coisa que mantém a minha família unida.(…) Houve alturas em que passei dias seguidos fechada no quarto com os auscultadores nos ouvidos, para não ouvir a minha mãe chorar.
(…)
Eu sentei-me a ver televisão e assisti a um velho episódio de I Love Lucy e comecei a rir. De imediato, senti-me como se tivesse profanado um altar. Pus a mão sobre a boca, envergonhada. O Jesse, que estava sentado ao meu lado no sofá, disse:
- Ela também haveria ter achado graça.
É que, por muito que queiramos agarrar-nos á amarga e dolorosa lembrança de que alguém deixou este mundo, ainda nos encontramos nele. E o próprio acto de viver é como uma maré: de inicio parece não ser nada importante, e então um dia olhamos para baixo e vemos o quanto a dor consumiu. (…) Porque mesmo quando não falávamos sobre a Anna, ela ficava nos espaços entre as palavras, como o cheiro a queimado.
(…)
E depois, como se a tivéssemos invocado, a última fotografia era da Anna. (…) A minha mãe e eu ficamos sentadas á mesa da cozinha a olhar para a Anna até ao Sol se pôr, até termos a certeza de ainda estarmos a vê-la nitidamente. A minha mãe deixou-me ficar com aquela fotografia. Mas eu não a emoldurei; coloquei-a dentro de um envelope, fechei-o e enfiei-o no fundo duma gaveta dum armário. Está lá, para o caso de um dia destes começar a perdê-la. Pode haver uma manhã em que eu acorde e o rosto dela não seja a primeira coisa que eu veja. (…) Quando começo a sentir-me assim vou até á casa de banho, levanto a camisola e passo muito suavemente os dedos pelas linhas brancas da minha cicatriz. Lembro-me de como, no início, achei que os pontos traçavam o seu nome. Penso no seu rim a trabalhar dentro de mim e no seu sangue a percorrer as minhas veias. Eu levo-a comigo, para onde quer que vá.


Jodi Picoult, "Para a Minha Irmã"

27 maio, 2011

no regrets

"Ás vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido." Fernando Pessoa
 
quem me dera ter compreendido este mundo há mais tempo, antes de cometer tantos erros, antes de hesitar tanto, antes de me revelar alguém que não quero ser. não que esteja arrependida ou com remorsos, bem pelo contrário. sei que sou uma boa pessoa, rodeada de felicidade e amigos, e que tomei decisões melhores que outras e sei que os meus erros moldaram a minha forma, o meu ser. mas tudo poderia ser muito diferente se eu compreendesse que a vida é tão mais do que o que aparenta ser, poderia ter sido muito diferente se eu me tivesse apercebido dos mistérios que me guardava o destino, ou se soubesse que basta mesmo muito pouco para encontrar a felicidade - a grande questão é conseguir encontrá-lo. 
eu encontrei, e tu?

25 maio, 2011

tell me about it

e sinto-me sozinha. não é dividida. nem triste, nem desesperada. não é medo. só sozinha. não me sinto vazia ou aborrecida. sinto-me sozinha, recheada de solidão, sem uma migalha de companhia. ao meu lado tenho muita gente, muitas pessoas, falsos amigos, desconhecidos, colegas de vida. mas não sõ amigos. não confio neles nem me transmitem nada. são pessoas, seres humanos, vazios no sue interior - a meu ver. sem nada para me dar, sem nada para mim. e torno a frisar - sinto-me sozinha. parada no tempo talvez. e esses desconhecidos passam por mim, através de mim, como se eu fosse uma rocha imóvel no fundo dum rio turbulento. conseguem imaginar o que é sentir isso? nem eu sei a medida certas destas minhas palavras ou se alguém as irá entender. já se sentiram sozinhos? como se o mundo em nenhum aspecto mudaria se estivéssemos mortos? 
e a culpa é dos desconhecidos

10 maio, 2011

happy endings don't exist

no início - sim, há alguns anos, é verdade - ainda acreditava que eras um grande amigo, ainda confundia o amor que sinto por ti por amizade. mas os anos passam, e as coisas mudam, nós mudámos, e o tempo só tornou mais claro que te amo do mais fundo do meu ser, que te quero ao meu lado não como amigo, mas como a pessoa da minha vida, o meu pilar, a tão-dita "razão do meu ser", porque é verdade, é mesmo assim, os dias passam mais devagar quando não estou contigo, ou quando tenho saudades tuas, as nuvens insistem em cobrir o sol quando estás num dia mau, e eu não consigo resistir aos teus sorrisos nem com a maior das minhas forças. sabes amor, um dia alguém me disse "eu acredito que um grande amor é cultivado por uma grande amizade" - foi isso que aconteceu comigo, conquistaste-me há já muito tempo, mas ensinaste-me a amar-te este tempo todo e gosto tanto de te amar como quanse quanto te amo a ti, á minha maneira. amo-te tanto, que me sinto sufocada por não acreditares em mim quando to digo, sinto-me tão cheia de amor por ti que parece que o meu coração vai explodir quando me acolhes nos teus braços, isto é amor - é tão concreto como nós, agora, aqui.
só gostava que acreditasses em mim, e me amasses tão intensamente como eu te amo a ti.

18 abril, 2011

time don't stop

há dias maus e dias bons, seja para quem for, e nem eu, nem tu, nem ela, nem ele, nem voçês, nem aqueles fogem há regra. há dias que nos fazem crescer, dias que nos fazem viver, dias que nos fazem desejar não ter nascido, dias que nos parecem um sonho, dias em que nos conformamos com os bons e (maioritariamente) maus aspectos da vida, dias em que queremos mais, dias em que nos rendemos ...
mas a verdade é que a vida não pára, vemos crianças crescer á nossa volta e não nos apercebemos que crescemos também, que superámos obstáculos, que ficámos mais sábios, e que no fim pouco mais resta do que aquilo (pouco) que conseguimos durante toda a nossa vida - o amor dos nossos.
e isso, fez com que valesse a pena

17 abril, 2011

"good morning sunshine"

um dia acordas, e ponderas se foi para isto que lutas-te(...) perguntas-te se é suficiente para ti, se consegues ir mais longe ou se mereces melhor. e apercebes-te que não é esta a vida que queres levar, que estás farta de esperar e esperar, e viver este quotidiano inanimado, a que te conformas sem sequer te dares conta. então, avanças, sobes um degrau na escadaria da vida e é mais um triunfo, mais uma vitória para a qual sacrificamos algo que faz parte de nós, e depois? e se mesmo assim ainda não for suficiente? sacrificamos mais mudanças, mais lutas, mais riscos, mais dor? os iludidos sim, os realistas não. porque a verdade nua e crua é que somos nós quem decide o nosso destino, e cada vez tenho mais certezas disso, e aquilo por que "lutamos" é aquilo que sacrificamos por querermos sempre mais.

10 abril, 2011

don't understand

talvez um dia, sabe deus, eu venha a perceber, pode ser que as peças deste puzzle encaixem, e tudo comece a fazer sentido, e aí talvez já não me sinta uma estúpida ingénua.enganei-me. enganei-me em relação ao mundo. em relação á sociedade. em relação a ti. em relação a nós. e eu que pensei que não havia besta no mundo capaz de fazer tal coisa, capaz de pejudicar tanto alguém por mera intencionlidade. é que não faz sentido, não me cabe na cabeça. escondes-te essa tua faceta de mim durante tanto tempo? como? ou foi o tempo que te transformou noutra pessoa, foi o amor cego e interminável que te dei que te transformou nisso? é vingança? é ódio? explica-me por favor, só para eu poder saber que rumo dar á minha vida, saber porquê e se mereci isto de ti.
e eu a pensar que eras o amor da vida

17 março, 2011

can't smile

desculpa se alguma vez te fiz sentir medo, desculpa se alguma vez te desiludi, desculpa. sei que muitas vezes não fui eu mesma e sei que isso te deixou o coração despedaçado. desulpa se por um único segundo não te fiz perceber que és a melhor parte de mim, desculpa se o amor que te dei alguma vez não foi o sufeciente, descula, desculpa, desculpa, desculpa. desculpa de alguma vez não percebi que precisavas de mim. desculpa se não te dei o melhor de mim, desculpa se não te dei o que mereces, porque mereces tudo de mim - tudo. desculpa se te disse não em vez de sim, e desculpa se te ignorei, desculpa se não te amei.

20 fevereiro, 2011

is this so hard for you to see?

e río, porque o simples facto de estar a ouvir a tua voz me deixa encantada. e quando me abraças e me dizes ao ouvido que sou a tua pequena, aí sinto o meu coração acelarar. já não luto mais, não luto mais para me convencer de que estou apenas a confundir uma bela amizade com um grande amor - porque não estou! -, não luto mais para te fazer ver que te amo com cada ponta de ternura que há em mim, não luto mais. mostrei-te a maneira tão básica e bonita como te amo, e tu ignoras-te, sabe deus porquê. toda a gente vê, toda a gente sabe. e tu continuas na margem da minha vida, por muito que eu tente que não seja assim, continuas na ignorância, na tua inocência. não olhas para os meus olhos quando digo que és lindo? não reparas que ás vezes fico minutos atrás de minutos a olhar para ti sem conseguir desviar o olhar das tuas feições perfeitas? nunca viste isso? não é complicado sabes, amar alguém. nada complicado mesmo, não sei se é medo ou rejeição que sentes de mim, mas meu amor, não luto mais.

07 fevereiro, 2011

bla bla bla

cala-te. sim, cala-te. estou farta de te ouvir. eu faço o que eu quiser, vivo como quiser, onde quiser, quando quiser, da maneira que eu bem entender. porque enquanto viver livremente sou feliz, ou pensas que lá por teres entrado na minha vida te vou dar ouvidos se nunca dei a ninguém? sou inquebrável, nem tu vais conseguir fazer-me mudar, porque é a lei da vida amor. assumo responsabilidades, e sei o que faço, as consequências? só eu é que as pago de que me vale repartir a culpa contigo por te ter dado ouvidos? nada. por isso, acho que és tu aquele que devia pensar antes de abrir a boca. tá bom?


03 fevereiro, 2011

because YES

hoje sim. hoje é daqueles dias que vale a pena acordar com um mal-humor descomunal, duas borbulhas novas e ter em mente que acordei para ter matemática A. vale a pena porque é daqueles dias em que conseguimos ver que somos realmente felizes porque somos livres de agir conforme os nossos valores, os nossos sentimentos.daqueles dias em que finalmente nos lembramos "epah, hoje não parei de rir" sabem não sabem? desses dias. desses em que não temos vontade de dormir quando ainda são onze da noite, desses que temos tempo para tudo, e para mais alguma coisa. desses em que sabemos que os temos a eles, que nos sentimos vivos e preciosos. desses dias.

30 janeiro, 2011

tell me how free u think u are

you really suck

tiraste-me tudo. roubaste-me o coração e levas-te contigo a minha alma. desfizeste-me em pedaços e deixaste-me sem vida, roubas-te a minha incoência e puses-te em questão a minha honestidade. desconfias-te de mim e humilhaste-me, dei-te uma segunda oportunidade e puseste-a no fundo duma gaveta, prometes-te nunca me deixar e é o que se vê, tomas-te outras coisas como prioridade e esqueceste-te de mim, tiraste-me tudo o que era meu até o meu bom nome, fizes-te de mim uma boneca de trapos e rasgaste-me sem piedade, magoaste-me. roubaste-me o meu sorriso, tiraste-me toda a minha beleza e tudo o que fazia de mim humana. fizes-te com que eu sentisse que não havia lugar no mundo para mim. destruíste-me com um sorriso nos lábios, fizes-te o meu mundo ruir num abrir e fechar de olhos. roubes-te tudo o que era puro em mim. roubas-te tudo, sem olhar sequer para trás.
morri por tua culpa

15 janeiro, 2011

all by myself

não! não preciso de ti, não preciso dele, dela, nem dos outros. não preciso de ninguém. sou melhor do que tu pensas sozinha, sou independente, por muito que te custe acreditar, porque enquanto te amei vivi por ti e para ti. mas agora as coisas mudaram. estou muito bem sozinha, apesar da dor. estou muito bem, obrigada. dispenso tudo o que quer que seja vindo de ti. não te guardo rancor. só espero que me dês o meu próprio tempo e espaço para te conseguir esquecer, para conseguir dar um ponto final a isto. é pedir muito? um bocado de distância. um bocado de tempo só meu e para mim?
adeus, obrigada

29 dezembro, 2010

2 am and i'm still wake

ás vezes não consigo dormir, outras vezes recuso-me a fazê-lo, outras vezes não consigo adormecer ou então, tenho pesadelos. não o faço porque tenho medo. dos pesadelos? NÃO, dos sonhos. tenho medo de sonhar que voltas-te para mim, que finalmente percebes-te que eu te amo e que o nosso lugar no mundo é juntos para depois acordar e ter que passar (de novo) por aquela sensação de perceber que era um sonho. eramos tão bons juntos, eramos tão amor, tão felicidade, tão tudo. mas eu estou aqui, e tu - onde quer estejas - sabes, tal como eu sei, que te amo, que ainda temos uma história, que ainda temos um futuro. mas não fazes nada, baixas os braços perante a ideia de me enfrentares e eu? eu simplesmente não tenho forças para nada, porque quando saís-te da minha vida levas-te tudo o que fazia parte de mim, tudo o que eu te dediquei, tudo o que era meu e que te amava. e sabes meu amor, não basta desejar que tudo volte a ser como era, não chega, não porque não seja sufeciente para mim, mas simplesmente porque o nosso amor merece melhor, nós merecemos melhor. 
fazias-me tão feliz

letter, by anne



minha Mia:

nunca pensei que fosse tão difícil olhar para trás e invejar o meu próprio passado, tenho tantas saudades tuas mia, e sabes quantas vezes por dia essa sensação de vazio me assalta e me atormenta, cada vez que alguém diz ou faz algo que me faça lembrar de ti (ou seja, quase sempre). Hoje passei pela route que deixou de ser utilizada quando construíram a nova estrada, lembras-te dessa route: route 23rd. Lembras-te do que fizes-te quando fiz 14 anos? O  meu avô parou o carro, porque a Rocket estava com náuseas e de repente o velho mini do senhor Josh (como lhe chamavas, apesar do seu verdadeiro nome ser Carl) foi abaixo e tivemos que esperar três horas pela minha mãe, a Rocket e o avô adormeceram e tu, sem mais nem menos, pegas-te no banco portátil do senhor Josh e foste até meio da estrada, onde estava traçada uma linha contínua, mas não te limitas-te simplesmente a ir, foste de pé firme, sem sequer te aperceberes que pelo menos três carros tiveram que parar para passares. Pousas-te o banco vigorosamente no chão alcatroado, subis-te, levantas-te os braços e:
- EU AMO-TE ANNE GROBAN, E EU NUNCA, MAS NUNCA TE DEIXAREI.- e eu escondi-me entre as minhas mãos, para que ninguém percebesse que eu era a Anne, mas como se não bastasse, começas-te a cantar- …parabéns a você, nesta data querida … - e os carros pararam, o avô e a Rocket acordaram, e conseguis-te por os condutores mais alegres a cantar - … muitas felicidades, muitos anos de vida…
quero mais disto mia, quero muito mais.

27 dezembro, 2010

letter, by anne

{2

minha Mia:
mia, tenho saudades tuas.
sabes, este vazio que sinto, começa a levar-me ao desespero mia, e cada vez mais perco o controlo sobre mim mesma. oh, meu amor, estou tão cansada de reviver na minha mente todos os momentos fantásticos que vivemos, com a vã esperança de que se realizem de novo…
sempre ouvi dizer que só damos o devido valor ás coisas boas da vida quando perdemos algo, e se soubesses o quanto isso é verdade.
 hoje sorri, por muito que me doesse, simplesmente não consegui evitar, e acredita que não consigo perdoar-me por tê-lo feito, e sim, sei perfeitamente que estavas desejosa por este momento, mas sinto-me em divida contigo, sinto que não tenho o direito de ser feliz, de ter uma vida, quando tu não o pudeste fazer.
desculpa mia, eu vou acabar por mentalizar-me do contrário, vou acabar com esta luta, por ti.

26 dezembro, 2010

letter, by anne

escrevo um post todos os dias, não deve durar mais que uma semana, é mais uma espécie de Lua de Joana II em miniatura on-line , 
really hope u guys love it

letter, by anne

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minha Mia:
escrevo para contar-te que ainda não te perdoei por teres o sorriso mais encantador do mundo. tenho saudades tuas mia, e ainda acredito que – mais dia, menos dia – ainda tenha a oportunidade de apreciar uma vez mais essa tua beleza, e de ouvir-te dizer “anne, qual é a tua ideia? ainda não desistis-te disso de coleccionar pins sexuais?” – mesmo passando cinco anos da minha v ida com essa ideia (ridícula para ti), ainda acreditavas que qualquer dia acabaria por desistir. pois bem, desisti no dia em que me deixas-te.
preciso tanto de puder tocar-te, de puder olhar para ti. mas já passou muito tempo mia, e está na altura de eu levantar a cabeça, e (pelo menos) acreditar que ainda existe um lugar no mundo para mim, mesmo que não estejas comigo.
e desculpa, desculpa mia, sinto-me tão mal por não puder ter ido contigo.